Que sombras de homem percutem essas olheiras?
Qual percurso retoma esse semblante?
Um senhor que esconde
o sentimento em aparente sentido.
Um cara refém dos esconde-escondes do que sou.
O pique-pega das rotinas que lhe fecha a cara.
Os medos dos monstros do armário
remetem-se ao medo de acreditar.
Um doutor é a fé e a ponta ao ofício.
A doutrina adestrada ao delírio sonho.
Os risos pintados com os dedos
são os amarelos dos dentes.
Troca protocolos descentes
afagados ao sigilo contrato.
Que homem é esse que vejo ao espelho?
Brinca de peão com as datas
Empina um balão que sobe esquecido.
O calvo obrigatório tecido guardado no escritório fingido.
Um cara que de cara de pau
troca o vermelho das tardes
e tinge ao opaco verniz.
O senhor que esconde a sobriedade
em tons de cinzas no nariz.
Nos reflexos de agora vejo
um cara trancado fechado por dentro,
Lá para fora dos outros o cara de aberto ego.
Aos poucos esse homem
esquece o toque dos amigos
Os caminhos das amarelinhas
O corres das campainhas.
Aos poucos a vida é de muitos.
As Poucas pessoas
e coragem de apenas uma multidão.
Aos poucos,
Bem aos poucos...
É comum um “desculpa, foi mal!”
pelo anormal esperança nas manhãs de natal.
Aos poucos, fica bem pequenininho
o esquecer de como é dar as mãos ao desconhecido,
Caído do ninho, se perde o primeiro voo do passarinho.
Um comentário:
Está muito melhor o desenvolvimento de seus poemas continue assim que vai longe com sinceros condimentos: W.e.l.t.o.n...
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