terça-feira, 18 de setembro de 2012

Um crescido esquecimento.

Que sombras de homem percutem essas olheiras?
Qual percurso retoma esse semblante?

Um senhor que esconde
o sentimento em aparente sentido.
Um cara refém dos esconde-escondes do que sou.
O pique-pega das rotinas que lhe fecha a cara.

Os medos dos monstros do armário
remetem-se ao medo de acreditar.
Um doutor é a fé e a ponta ao ofício.
A doutrina adestrada ao delírio sonho.

Os risos pintados com os dedos
são os amarelos dos dentes.
Troca protocolos descentes
afagados ao sigilo contrato.

Que homem é esse que vejo ao espelho?
Brinca de peão com as datas
Empina um balão que sobe esquecido.
O calvo obrigatório tecido guardado no escritório fingido.

Um cara que de cara de pau
troca o vermelho das tardes
e tinge ao opaco verniz.
O senhor que esconde a sobriedade
em tons de cinzas no nariz.

Nos reflexos de agora vejo
um cara trancado fechado por dentro,
Lá para fora dos outros o cara de aberto ego.

Aos poucos esse homem
esquece o toque dos amigos
Os caminhos das amarelinhas
O corres das campainhas.

Aos poucos a vida é de muitos.
As Poucas pessoas
e coragem de apenas uma multidão.

Aos poucos,
Bem aos poucos...
É comum um “desculpa, foi mal!”
pelo anormal esperança nas manhãs de natal.

Aos poucos, fica bem pequenininho
o esquecer de como é dar as mãos ao desconhecido,
Caído do ninho, se perde o primeiro voo do passarinho.

Um comentário:

welton luiz disse...

Está muito melhor o desenvolvimento de seus poemas continue assim que vai longe com sinceros condimentos: W.e.l.t.o.n...