segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Janelas

Sobre a janela da minha casa há o mundo.
E cá dentro, silêncio sem fim porque tudo é espanto.
No interior das cortinas, espetáculos e luzes.

E uma janela tirou-me os olhos- um tal de Windows e uma caixa micro magnética,que merda!
Roube-me sem previa o travesseiro, o sono, a janela.
Contou-me anedotas dizendo ser tudo possível
deixando as coisas repletas de ferrugens.

Mas na minha janela me espera o mundo
E algo me diz para que não deixe passar pelos olhos.
Porém fica esse espanto das primeiras coisas.
Grafados pichações, rabiscos, sites e janelas que transcrevo e apago.

Apenas a vida tatua meus olhos
fazendo-me continuo esquecimento.O que fica?
Sei lá, talvez os mundos, a murcha esperança e olhos pregados na janela.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo, belíssimo o poema.

Roberto

Anônimo disse...

Lindo o poema, boa a brincadeira com a janela.